21/10/2013 - SUPERANDO LIMITAÇÕES - Cláudia Scholl

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  2. O mundo não sentirá a falta dele, pensou o médico mencionado na matéria da Revista Seleções de fevereiro de 1948, segundo a palestrante, quando se deparou com um bebê que auxiliava a nascer, filho de uma família extremamente pobre e, ainda por cima, com limitação física, se ele não permitisse que o recém-nascido se mantivesse vivo.
    Afirmações semelhantes podem-se fazer quando nasce uma pessoa destituída de recursos mínimos que lhe permitam interagir e produzir no mundo. No entanto, essa é uma oportunidade que o Criador concede à criatura de progredir. Senão vejamos: quando alguém comete o que se convencionou chamar de crimes hediondos, muitos pesam que para esse só a pena de morte seria a solução. Graças ao avanço do entendimento dos valores da vida, em nosso País isso não é permitido. Mas fica a dúvida: se a prisão não os corrige o que poderá fazer com que mudem para melhor?
    A resposta a essa pergunta é: a vida. A vida se encarrega de educar o Espírito relapso. Então, na hipótese de nascer alguém numa condição semelhante à mencionada, pode esse Espírito estar num processo de expiação, que é uma consequência de delitos de encarnações anteriores, no qual, se dignamente suportado, aprenderá o que nenhum sistema prisional até hoje conseguiu ensinar: a viver dignamente, dando o devido valor a tudo o que a vida nos proporciona.
    Na história narrada pela palestrante o médico questionava acerca das razões de se manter a vida quando a pessoa sofre e o porquê de se permitir que alguém sabidamente com dificuldades possa nascer e crescer. Na sua visão, essa pessoa só encontraria na vida o sofrimento de toda sorte e, além de se tornar um fardo, não poderia contribuir com nada, portanto, se morresse ninguém sentiria sua falta.
    Os fatos em que foi envolvido serviram para que mudasse seu pensamento quando, mais tarde, socorreu-se do auxílio de um médico que possuía uma perna bem mais curta que outra. Descobriu que esse homem fora a criança que ajudou a nascer e que por perceber que ela tinha deficiência física pensara até em não permitir que continuasse a viver. Mas, sem saber por que, cuidou do pequeno, dando-lhe condições de viver.
    Agora, obtinha a solução para um problema de saúde de sua neta querida que não encontrara em nenhum outro lugar. E essa solução vinha da pessoa que acreditava, pelas condições que viera à vida - numa família miserável, o décimo da prole, com uma perna bem mais curta - não poder desenvolver talentos que pudessem contribuir para a humanidade.
    Esse é um exemplo vivo de que todos temos algo a contribuir para a vida. Mesmo aqueles que estão vegetando, e não podem interagir, têm durante o tempo que a vida física lhes proporciona a oportunidade de reavaliar valores, bem como proporcionam aos seus cuidadores meios de desenvolverem a solidariedade, a paciência, a perseverança, a esperança, o amor, em suma.
    A história de Valéria, lembrada pela Cláudia, nos dá a dimensão da importância desse processo que nos parece extremamente doloroso, mas reflete o amor de Deus e que nos permite depurarmo-nos e crescer, alijando-nos das impurezas que acumulamos por vontade própria ao longo das encarnações.
    Por tudo isso, a conclusão lógica a que se chega é: o maior valor da vida é a própria vida. Nada justifica a ideia da eutanásia ou do aborto, como também da pena de morte. Deus em sua justiça e amor sabe o que fazer para nos educar. O sofrimento é temporário. Dura enquanto o Espírito rebelde permanece nessa condição e acaba assim que ele se transforma e até mesmo quando inicia o processo que o tornará um homem de bem.

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