31/10/2013 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - Maria Celoni Lemes

Um comentário:

  1. As razões da violência, como bem apontou a Celoni, decorrem muitas vezes da repetição do modo como se foi educado quando criança. Isso é verdade, mas não é a única razão, principalmente se entendermos essa educação decorrente apenas dessa encarnação. O Espírito, como sabemos, traz uma carga emocional decorrente das várias encarnações que já viveu e construíram o seu caráter. Assim, muito embora, às vezes, receba uma boa educação e amor nessa reencarnação ele se apresenta violento, expondo seu inconsciente que registrou muitas experiências dolorosas vivenciadas em outras experiências na carne que deturparam seu caráter.
    Nesse caso, os pais precisam exercitar a paciência e, acima de tudo, a perseverança, fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para facilitar a melhoria da conduta do filho. Se a família não colher os frutos do seu empenho agora, o resultado da dedicação decorrente do amor produzirá seus frutos no momento oportuno.
    O violento é um ser que sofre. Procura a felicidade de forma equivocada e no íntimo vive atormentado, ao mesmo tempo em que atormenta a vida de quem com ele vive.
    O Espiritismo nos traz esclarecimentos acerca dessas questões que nos facilitam a mudança de um estado violento para outro mais pacífico de forma mais rápida, desde que o estudemos e façamos uma reflexão de nossos atos e o resultado deles decorrente, no que diz respeito ao estado d’alma quando assim nos comportamos.
    O socorro de especialistas no comportamento humano é imprescindível, associado a um tratamento espiritual através do atendimento fraterno, leituras edificantes, estudos do Evangelho, fluidoterapia, evangelho no lar, como bem recomendou a palestrante, e a prece. Não a prece mecânica, como um ritual mágico com que se procuram milagres, mas aquela que nos coloca em um estado vibracional mais harmônico, pela reflexão e elevação mental que proporciona, expondo a intimidade para o “teu Pai que tudo vê”, como disse Jesus e que sabe, mesmo antes que lho peçamos o de que precisamos.
    Com esses cuidados, esforço pessoal e dos familiares e perseverança os resultados positivos não demorarão em aparecer.
    A pessoa, por mais violenta que esteja, um dia melhorará. “Nenhuma das ovelhas a mim confiada se perderá”, asseverou o Mestre. Se não se conseguir o desiderato desejado nesta encarnação, isso ocorrerá em outra. Exemplo disso se pode encontrar no livro Asas da Liberdade, que retrata a vida de Cambises II, o qual foi extremamente violento por toda a encarnação em que viveu como tal e, depois, recentemente, encarnou no Brasil, como Jerônimo Mendonça, segundo o livro mencionado, e redimiu-se dos erros do passado. Para compreendermos isso basta estudar a vida de Jerônimo, o “Gigante Deitado”, como ficou conhecido pelo Movimento Espírita brasileiro, que em razão de sua obra, apesar das dificuldades físicas que para a maioria de nós seriam barreiras impossibilitadoras de realizar o que ele fez, alcançou a paz interior, caminho indispensável para a felicidade e brandura.
    Somos todos filhos de Deus e Ele nos ama a todos. Sempre devemos lembrar isso e seguir o exemplo de Cristo: amar a todos e educar mais pelo exemplo do que por palavras, embora dessas devamos fazer o melhor uso para a construção de um mundo melhor.
    Parabéns à Celoni pela abordagem clara que fez do assunto à luz da Legislação pátria e da Doutrina Espírita. Parabéns ao Movimento Espírita por buscar esclarecer as pessoas acerca dessa realidade com que vivemos e da necessidade de buscarmos conhecimento e esclarecimentos acerca do assunto com o propósito de melhorarmos a vida da humanidade.

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